Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Concurso Capa Especial Mulher

Concurso Capa Revista Especial Mulher

Para votar em mim, clique aqui, curte a compartilha a minha foto - NÍNIVE LAGE




Nínive está modelando

terça-feira, 25 de agosto de 2015

A Lu e o Açougueiro

Estávamos fofocando quando a disgrama do alarme da casa do vizinho desatou a zunir. Todos os dias, pela manhã e à noite um som indecente e de toque duplo desarma e arma e vez ou outra desatina. Ontem foi um desses dias. Entre um intervalo e outro passei a ouvir um barulho como se meu lixo estivesse remexendo. Quando lembrei que ele fica suspenso dei um pulo da cama, peguei as chaves da porta, me tranquei, apaguei as luzes e chamei a Lu no Whats App: 
"ladrão no meu quintal
chama a polícia
rua patati patatá, 200. 
estou trancada no quarto."

O alvoroço se deu porque eu estava trancada pelo lado de dentro e alguém de fora, e para eu sair de casa, tenho que abrir uma porta, destrancar uma grade com chave e mais um portão. Querendo entrar em pânico, decidi sair de casa e fui destrancando e voltando pro quarto até que parei de ouvir o alarme.

Quando alcancei à rua, percebi que o raio do alarme ainda soava e a Lu querendo ir me encontrar mesmo contra a minha vontade.
Ela chegou acompanhada de um açougueiro empunhado com uma peixeira (espero!) e logo em seguida a Regiane. A polícia? Veio vindo numa calma de Jó. Amparada por dois policiais fui à casa do vizinho entender seu alarme. 

Constatado que a casa estava vazia (desde antes ou a partir de então, os policiais foram embora, o Fofoca do Bem foi atualizado em tempo real e eu? Bem, nem sei como dissertar sobre. 

Por áudio a Lu em tom narrativo e de fundo a risada boa da Regiane:
- Ô gente, nós estamos aqui, no bairro Olinda, fofoca quente! 
Tragédia de novo na vida da Nínive Lage.
O ladrão estava aqui, está eu e a Regiane com a polícia!
Ô gente, a vida não tá fácil pra ninguém mas pra amiga Nínive está puxada - uhum - gente! Não é possível; eu estou em tempo de vomitar, de tanto susto que ela me passou, sai até quase pelada lá de casa.

Minutos depois, nova narração:
- Gente a Nínive Lage está fazendo as malas, ela vai dormir na casa da Regiane ou lá em casa. Eu sei gente que não está fácil, mas aqui não tem nem uma cerveja pra gente beber!

Logo depois a Renê incrédula:
 - Gente de Deus eu não acredito numa história dessa não. Não tem condição isso. 
Têm que partir pra parte espiritual mesmo, minha amiga Nínive. Só na base da ma-cum-ba. Pra você não tem outra solução. E rezar muito pra macumba dar conta porque pra você não está fácil. Coitada da Nínive.

E por fim o desfecho da Lu:
- Gente a Nínive está bem, foi dormi lá na casa da Regiane. Eu já cheguei em casa e está tudo sob controle no dia de hoje. Graças a Deus, amanhã é outro dia. Vamos rezar gente, fervorosamente, vou acender até uma vela, porque não é possível. Eu vou pôr pra acender 6 7 vezes de uma vez pra ver se ajuda porque ó, eu nunca vi uma negócio desse. Uma menina ser assaltada 3 vezes em menos de dois meses não tem cabimento não gente, vai ter ímã pra ladrão pra lá.

Depois de ontem deixei a Rosa no chinelo, né não meninas?

Depois de ontem me lembrei que um dos policiais antes de ir embora pegou meu nome e sobrenome mas não anotou; nas palavras da Regiane: 
- Ele pegou foi seu Facebook.

Depois de ontem vou é comemorar com esse povo - eu hein? Vai que...



Minhas amigas sabem rir até das tragédias. Quero gente assim perto sempre me contaminando com o bom humor depois da pronta solidariedade. (Mas antes vou esperar o piriri da Lu passar coitada, não matei a nega véia de susto, mas desandei ela todinha)
Participação mais que especial: Lu Almeida, Renê e Regiane

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Perdas que edificam

Tenho uma certeza absurda que as perdas doem tanto quanto edificam.

Quando não há falta, o leque é grande e as escolhas podem se tornar difíceis já que o ser humano tem a mania de querer executar o que é mais fácil só pra se garantir.
Na dor da perda - seja ela de qual natureza for - só há duas opções: se render ou se superar.

Infelizmente e por diversos fatores alguns se acostumam tanto com a dor que deixar de senti-la é outra perda. O que era um viram dois. Já outros resgatam forças que cultivaram inconscientemente e conseguem levar uma boa vida, alguns até melhor que antes; pois no tempo certo o sol reaparece, o corpo finalmente esquenta, a cama fica chata e a vida mais blue.

Não falo em hipótese alguma de pais que perdem filhos pois essa ordem não existe nem nas cronologias mais inescrupulosas. Falo das perdas convencionais, digamos assim. Falo da perda pra morte, da perda pra vida, da perda do trabalho, do bicho de estimação. Falo também da perda do avião, do seu salário que estava todo na carteira e um delinquente levou, da perda da emoção, da perda da razão. E como falo.

Perder pra si mesmo é uma das sensações mais impotentes que se pode assentir, pois é ali que se julga incapaz e incapacidade é uma perda de estima dolorosa demais. Há tristeza na presença e presença na tristeza. Tão presente que grita. Sempre dói mais ter algo e perdê-lo do que não ter aquilo desde o começo. Mas o tempo pode ser uma coisa bem voraz, às vezes se apodera de todos os detalhes só para si mesmo. As pessoas também fazem isso: se apoderam de um detalhe e resignificam a seu bel prazer. Dessas, pode esperar sintomas comportamentais como pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, sensação de inutilidade, ruína, fracasso, humor depressivo, irritabilidade, ansiedade e inconstância.

Eu poderia sugerir o que fazer.
Eu poderia consultar sites de buscar e fazer um apanhado de indicações de terapeutas e psiquiatras e transcrever como forma de ajudar.
Mas no momento a única coisa que consigo é abrir a boca e fechar de novo. Eu quase escrevo. Quase. O resto da minha vida poderia ter sido diferente se eu tivesse dito alguma coisa naquela hora. Mas a única coisa que consegui fazer foi me levantar e vir embora.

Nínive will unfollow, will pass.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Respeite os idosos! Eles podem ser seu orientador ou meu pai.

Para se ter um diploma de curso superior é preciso querer muito. Não é à toa que quando as cortinas se abrem no dia da colação de grau e você vê seus pais e amigos te olhando o choro é muito bem vindo. Tudo de muito porque até esse dia chegar são milhares de aulas assistidas, outras perdidas, provas fechadas, outras zeradas, trabalhos em grupo que você faz só e põe o nome do restante, trabalho individual que só sai se feito no coletivo, brigas com professores, com os colegas, em casa por causa da faculdade, na faculdade por causa do namorado, colas feitas na perna, nas coxas, na blusa de frio, na garrafa de água e um tal de TCC que pelo amoOr. Um caso à parte. Seu orientador é um professor que você escolhe a passar os próximos 6 meses namorando. É, porque se o caso que você tiver com ele não for de amor o trabalho não sai. Nesse relacionamento há troca de telefone, zilhões de e-mails, desentendimentos, gratidão, sorriso, choro e eu fiquei de mal do meu várias vezes. Lia seus e-mails, fazia as correções solicitadas e mandava de volta sem dizer olá ou tchau, no máximo um "aguardo sua aprovação". Eu morria de raiva quando ele me atravessava uma resposta, mas falava um "graças a Deus" sem som quando no meu e-mail tinha um dele. De implicância e com amor, ele lia tu-do, corrigia e me mandava refazer. Eu só não lhe dei um soco porque sou educada, porque corri atrás dele um semestre inteiro implorando pela sua orientação, porque lhe prometi dedicação e também porque ele está enquadrado no artigo segundo do Estatuto do Idoso. (Luiz Cesar, te dedico!)

Falando em idoso, pude recentemente compartilhar do último diploma do meu Papaizinho. Ao entregar o meu, alegre colocou o seu junto e me contou com riquezas de detalhes como conseguiu tal feito. Esse, foi ainda mais difícil que todos os seus outros e obviamente muitíssimo mais que o meu. Não lhe custou mais que dez notas de um real, mas 60 anos de vida! Por esse diploma, ele anda desfilando pela cidade com orgulho e autoridade. Ninguém pode mais falar que ele dá carteirada como o indefectível Recruta Zero. Não tem a opção de reduzir o documento a fim de caber no seu bolso ou carteira, e isso é problema? Ele saca auspiciosamente seu cartão-diploma a quem o contesta e fala: - "por favor, não mexe comigo não. Agora eu sou avô da Melissa da Lavínia e também sou Idoso".



É, para se ter um diploma, precisei esperar uns 3 anos depois de formada ficar pronto e mais 2 convencendo a faculdade que está pronto e depois de alguns documentos registrados em cartório e uma amiga sensacional, o bendito que me custou o enredo dessa história chegou todo amassado - um agradecimento especial aos Correios.

É, para ser filha desse idoso eu precisei foi de muita sorte!

Nínive diz: - você sabe o que é respeito?

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Muito modismo pra tanta saudade


Apesar de ter dançado muito os sucessos do cantor sertanejo morto recentemente, eu também não sabia quem era Cristiano Araújo.

Apesar de não saber quem ele era também me vi comovida com a brevidade da sua vida e com um pai que olhou para a câmera e disse: - eu só queria saber por quê?

Apesar de preferir ler à assistir televisão, passei boa parte da terça e desse domingo assistindo as homenagens e enxugando disfarçadamente os olhos marejados.

Apesar de não concordar com a forma com que meu conterrâneo Zeca Camargo expôs sua opinião sobre o assunto e também sentir vergonha alheia pelo pedido de desculpa ser ainda mais desastroso, preciso escrever que a crítica que ele fez não foi ao estilo sertanejo ou ao músico mas àquelas pessoas que entram em comoção pelo que estavam vendo, ouvindo ou lendo e não propriamente ao afeto que tinham ao artista. Àquelas por exemplo que foram ao velório e fizeram uma selfie com o corpo inerte no caixão ou ainda que foram às redes sociais darem seus sentimentos a outro que nem morto está. 

Talvez as mesmas dos livros desestressantes sendo que nem colorir sabe ou gosta. Aliás até te irrita, mas tá na moda, então voilá! Logo, preciso convir, a cobertura da mídia foi de fato enorme e a comoção de muitos, FALSA.

"Em março perdemos José Rico, da dupla "Milionário & José Rico" e a cobertura que a mídia deu foi imensamente menor se comparada com a do Cristiano Araújo. José Rico tinha mais de 40 ANOS DE CARREIRA e vendeu mais de 35 MILHÕES de discos. Pergunte, para alguém que não é ligado ao mundo sertanejo, se conhece Cristiano Araújo ou se conhece José Rico. Qual dos dois tem mais chance de ser considerado "uma figura relativamente desconhecida"? E isso não é nenhuma falta de respeito. Ou o fato de alguém não conhecer seu ídolo é considerado uma falta de respeito? Se sim, vou elaborar aqui uma listinha de bandas e artistas que vocês tem faltado com respeito. Não vou nem mencionar quantos milhões de cópias e quantos anos de carreira eles têm, porque é desnecessária a comparação."

Absurdamente longe de querer defender o jornalista até porque o sujeito não deu conta de elaborar um texto simples, coeso e sensato e a emissora onde trabalha foi uma das responsáveis por tamanha repercussão, mas...ele está falando disso aqui ó....


Nínive não vai colorir nemmm...
(Inspirado num texto de Elmiro Luiz)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

The Body Shop agora em Uberaba

Pioneira em produtos 100% vegetarianos, marca chega ao país pelo Empório Body Store

Fundada em 1976, a marca mundial de beleza The Body Shop, que possui mais de 3.050 lojas em 63 países em todo o mundo, chegou ao país em outubro e Uberaba é uma das localidades a oferecer os produtos da marca aos seus consumidores.

Os produtos The Body Shop estarão disponíveis na Empório Body Store do Shopping Uberaba a partir de 03 de novembro. Sob o comando de Flávio & Giulliana Guidi, a loja integra o centro de compras que tem como missão liderar o varejo da região, oferecendo as melhores experiências em compras, entretenimento, negócios e cultura.

Com a chegada dos produtos The Body Shop na Empório Body Store, os consumidores terão ainda mais opções para os cuidados da pele do corpo, das mãos e dos pés em uma mesma loja.

Segundo Jeremy Schwartz, CEO Internacional da The Body Shop “Estamos muito satisfeitos em trazer para o Brasil uma seleção de nossos produtos best-sellers para corpo, mãos e pés, escolhidos para atender às necessidades das mulheres brasileiras”.

A The Body Shop foi a primeira marca de beleza a se inspirar e buscar na natureza os melhores ingredientes do mundo para os seus produtos naturais, 100% vegetarianos e nunca testados em animais. Pioneira na prática do comércio justo, desde 1987 negocia com pequenos agricultores, artesãos tradicionais e cooperativas rurais dos quatro cantos do mundo as melhores matérias-primas para os seus produtos. Duas dessas comunidades, inclusive, encontram-se no Brasil (Soja e Babaçu).

Entre seus produtos icônicos está a primeira Body Butter do mundo, lançada em 1992 e hoje com uma unidade vendida a cada dois segundos*. Disponível em 10 diferentes fragrâncias, de Moringa a Morango, de Karité a Blueberry, cada uma delas reflete a textura do ingrediente natural e mantém a pele hidratada por até 24 horas.

As linhas Bathand Body Care que estarão no Brasil neste primeiro momento são Moringa, Karité, Mel, Oliva, Manga, Coco, Satsuma, Pomelo, Morango, além de uma edição limitada de Blueberry, com preços de R$ 19,90 a R$ 69,00.
Para cuidados das mãos, as linhas Absinto, Amêndoa e Rosa Mosqueta, com preços de R$ 24,90 a R$ 44,90.
Para cuidado dos pés, a linha de Hortelã, com preços de R$32,90 a R$39,90.
E ainda a linha SPA África, inspirada em rituais africanos de beleza, com preços de R$ 69,00 a R$128,00.

O mix de produtos de todos os pontos de venda será composto além dos produtos The Body Shop, pelos best-sellers da marca brasileira como Lolita, Leite de Cabra, Sakura No Ki, Sabonetes, Linha Home e a Linha Bronze (loção e sabonete prolongadores do bronzeado e Óleo de Cenoura).

O lançamento oficial da The Body Shop no país acontece em 2015, quando todas as lojas do Empório Body Store se transformarão em The Body Shop.

* Uma Body Butter é vendida a cada dois segundos (baseado nas vendas globais de Body Butter The Body Shop em tamanhos pequeno e grande de todas as fragrâncias no período de 02/09/2012 a 31/08/2013 e período de 12 horas por dia, sete dias por semana)


Sobre a The Body Shop

Fundada em 1976 em Brighton, Inglaterra, a The Body Shop é uma marca internacional de beleza pensada para fazer as pessoas se sentirem bem com seu corpo, rosto e alma. Tem como missão fazer uma diferença positiva na vida das pessoas oferecendo produtos naturais de qualidade para cuidados do corpo e rosto, buscando na natureza os melhores ingredientes do mundo de maneira ética.

Através do programa único de Comércio Justo com as Comunidades (CJC), a The Body Shop tem o compromisso de negociar de forma justa com pequenos agricultores e cooperativas rurais, especialistas em sua área de atuação, e, em troca, oferece boas práticas comerciais e preços que visam criar independência para a comunidade.

Pioneira na filosofia de que os negócios podem ser uma força para o bem, a The Body Shop tem hoje 3.050 lojas em 63 países.
Nínive está esfuziante. E perfumada. 

domingo, 2 de março de 2014

Pro meu tempo andar

A gente podia ter dado certo. Se não fosse meu medo de me machucar, seu medo de se prender, nossos tempos em desalinho. Se não fosse o mundo contra nós, meu orgulho, seu individualismo. Eu sempre pronta pra começar algo de verdade e você nunca sabendo o que quer. Você vivendo sua vida e tendo certeza de que eu estaria aqui te esperando, como de fato sempre estive. As coisas podiam ter sido diferentes se eu tivesse me imposto mais, não te acostumasse mal. Ou talvez a gente só tenha acontecido no tempo errado, tanto faz. Você não tá pronto e eu não posso te cobrar coisas que você não tem pra dar. Você quem quis assim, eu respeito e vou seguir em frente. Mas, por favor, me deixa ir! Se gosta mesmo de mim, me liberta. Agora não tem mais porta aberta, a gente precisa se desligar. Você não se acostuma com a ideia de me perder de vez, mas eu posso te garantir que a gente é capaz de se acostumar com qualquer dor ou absurdo.Você quem me ensinou. Um dia você vai se arrepender, eu já conheço as voltas do mundo. Mas se a vida for realmente justa, eu vou estar numa bem melhor e você vai ser sempre passado, lembrança. Cansei de ficar parando meu tempo pra tentar ajustar com o seu. Agora vou parar você, pro meu tempo andar. E se a saudade é o preço a se pagar, tá feito. Saudade é pouco comparada a essa dor no peito. Vou deixar passar.

Nínive não escreveu esse texto. Mas escreveu entende?