Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Qual é a sua palavra para esse ano?



Boa noite amigos,

Mamãe me repassou por e-mail um texto que li cuidadosamente e com carinho.
Quem lê meu blog sabe que uma das minhas palavras desse ano é paciência e agora incluo a tolerância - que na verdade é uma extensionando a outra. Qual é a sua?

Reconhecer os erros e fazer com que eles não sejam tudo aquilo na sua vida é algo que pode nos dar mais saúde e mais amor e em consequência disso nos fazer viver melhor conosco e com que nos cerca. É muito chato conviver com quem só enxerga o lado ruim de tudo. Fácil é falar mal, criticar, apontar os erros. Difícil é tolerar, perdoar, fazer dar certo.

Deixar de perceber os erros do próximo e fazer das suas virtudes seu cartão de visita, é reconhecer que a pessoa - assim como você - é dotada da imperfeição mas é também um direito que ela tem de mostrar seu lado bonito.

Por isso a mensagem de hoje é: dê uma chance às pessoas, mais de uma vez, se preciso for. Mas dê mesmo mais do que qualquer coisa, uma chance a você.

Muah!


TORRADAS QUEIMADAS


Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Gostei da torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu.
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.
Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes.
Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.


Nínive está aproveitando a chance que lhe foi dada.

Tolerar: aceitar, admitir, consentir, deixar, fechar os olhos, permitir, aguentar.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre queijos e sobre ratos


Desde que me entendo por gente sempre fui muito assim: isso eu como, aquilo eu não como, isso é o que mesmo? Fora quando não cheirava para saber o que é. Aff. Tem coisa mais blasé do que cheirar comida? Aff de novo.

Outro dia vi uma daquelas bem chique cheirando o prato no restaurante que almoço todos os dias. É feio, como é feio, benza.

Daí que a vida nos faz virar gente na marra e quando fui morar sozinha (aos 21) aprendi a comer o que tinha e o que a grana dava. NUNCA passei fome, mas claro passei vontade de comer as coisas, fruto da minha independência (óbvio). Ou, que graça (ou coragem) teria ao ligar para o papaizinho pra me levar para comer isso ou aquilo que eu tivesse vontade. Nãaaaao, nada disso, provei da dor e da delícia de ser quem eu queria ser.

Foi então que a minha temporada no Pará me fez não ridicularizar as coisas. Sim, sempre fui critíca, mas daí a esnobar não. De jeito nenhum.

No Espírito Santo passei a comer mais peixe e o tal do coentro. Hoje aprecio e como pelo menos uma vez por semana um ou outro. Ou os dois. No Pará, experimentei o tucupí, o tacacá, o açaí em substituição ao feijão, a tapioca, a carne de carneiro, o refrigerante jesus. Hoje aprecio todos esses alimentos e para horror à minha dieta, não teve nada que eu não gostasse e meus 8 quilos a mais não me deixam mentir.

Virei gente! Virei um mundo de gente. Mas virei.

E ficar longe das origens me fez sentir falta de queijo, um laticínio que gosto tanto, mas que antes eu só comia se fosse prato. Que bobagem a minha. Não tem um queijo que hoje eu não goste e isso pode ser fruto da minha chatice infantil de dizer que não gostava sem antes ter experimentado. Talvez, pensando agora com mais calma, era meu cérebro educando meu estômago a comer menos. Porque vou confessar uma coisa, que falta de educação que anda minha gula viu?

Mas foi eu começar a saracutear por causa de um quejim, que acabo de ler uma matéria que saiu no jornal local.

Na Terça, 22 de fevereiro, em Uberaba, houve uma “operação de guerra” na qual policiais militares devidamente armados, Procon estadual e vigilância sanitária derrotaram um bando de queijos. Os facínoras estavam expostos em bancas do comércio, principalmente no Mercado Municipal, ameaçando os clientes pois estavam despidos de uma embalagem à vácuo e pior, sequer portavam sua tabela de informações nutricionais.

A comunidade pode ficar tranquila, os heróis que defendem nossas vidas dos ataques desses queijos de péssima índole venceram, quase uma tonelada foi apreendida e destruída pois era “imprópria para o consumo”.

Que bom que em meio a tantos estupros, arrombamentos, roubos de cargas, tráfico de drogas, sequestros e latrocínios ainda exista gente para nos proteger dos laticínios.
Ora autoridades, tenham um mínimo de bom senso, a fabricação e consumo de queijos é um costume milenar no mundo e multi secular em Minas. O nome diz, queijo mineiro, feito de leite de vaca, usando coalho que por sí só já é um agente biológico que o azeda.

Essa tradição, mais que centenária, nunca matou ninguém, meu trisavô já vendia queijos “marginais” em Dores do Indaiá e nunca foi tratado como bandido, ou será que devemos nos arrepender por todas as fatias que já engolimos, às vezes com goiabada caseira (também despida).

O queijo mineiro, principalmente da Serra da Canastra é apreciado como uma iguaria, porém se for levado à geladeira altera seu sabor original, como querem esses “soldados” que doam suas vidas, se preciso for, para nos livrar desse “venenoso alimento”.

Parece que o Procon não sabe, mas costumamos, “até mediante torturas físicas”, deixar os queijos expostos ao ambiente para que eles fiquem curados. O IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), casa de burocratas, impõe que ele seja embalado à vácuo e que traga na embalagem informações nutricionais. A continuar nesse pique o pão francês será o próximo, imagine um pãozinho embalado individualmente, com uma tabelinha de nutrientes e data de validade para sabermos se ele está quente do forno ou não. Tratam-nos como se fossemos ignorantes e sequer soubéssemos escolher uma fruta, um doce ou um pé de alface, deixem disso, temos mais o que fazer.

Estão extinguindo as chances de sobrevivência do pequeno produtor rural, aquele mesmo que por falta de opção vai ser um João Ninguém na cidade onde seus filhos poderão exercer atividades menos regulamentadas como o tráfico.

O excesso de normas inviabiliza os pequenos negócios em detrimento de grandes laticínios e hipermercados, portanto gera desemprego e tensão social.

Fica, para as autoridades, um questionamento do povo: Se prendem os queijos, porque não prendem os ratos?


Fonte: Jornal de Uberaba.


Nínive precisa mudar o foco. As autoridades também.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Me diz ...



Me diz que não é verdade.
Que eu liguei a televisão em um canal de ficção.
E que foi engano.

Me diz que foi um susto.
Que foi uma pequena revolta.
E que a arma era de brinquedo.

Me diz que foi um sonho.
Que acordei com sede, voltei para a cama e continuei esse terrível sonho.
E que agora eu já posso acordar.

Ou melhor, me diga que eu posso voltar a dormir.
Que foi um pesadelo.
E que agora está tudo bem.

Ei!
Por que você não me diz nada?
Por que só me olha e chora?
Por que seu abraço está tão apertado?

Aqui...
Eu também posso chorar?
Posso te abraçar?
Posso pedir em nome de Jesus que o DEUS VERDADEIRO tenha misericórdia e compaixão para com toda essa família?

AMÉM!


Ana Carolina Pacheco da Silva - 13 anos
Bianca Rocha Tavares - 13 anos
Géssica Guedes Pereira - idade não divulgada
Igor Moraes da Silva - 13 anos
Karine Chagas de Oliveira - 14 anos
Larissa dos Santos Atanázio - 13 anos
Larissa Silva Martins - 13 anos
Luiza Paula da Silveira - 14 anos
Mariana Rocha de Souza - 12 anos
Milena dos Santos Nascimento - 14 anos
Rafael Pereira da Silva - 14 anos
Samira Pires Ribeiro - 13 anos



Nínive ...

domingo, 3 de abril de 2011

Todo mundo tem um preço, inclusive eu.


Tenho recebido tanto carinho em forma de abraços, olhares, e-mails, telefonemas e palavras que preciso dizer que os infortúnios que passamos na vida servem, dentre tantas coisas, para fazer-nos enxergar os amigos como um bem maior. Achei o tom exato da resposta. Ela é breve, clara, sucinta além de ter uma pitada de humor. Minha ótica de vida é magnânima, não tenho tempo, nem grana e muito menos disposição para a tristeza. Choro num dia e danço no outro. A noite toda. Um dia vou fazer um post só das coisas escritas que recebo e vocês vão poder ler o que as pessoas acham de mim. As que gostam claro, porque passei do tempo de manter contato com quem não admiro. Admirar o outro é algo tão bonito que é digno de nota. Sem ressalvas.

Mariela me conhece desde quando bem? Nos-sa, uma pá de tempo né? Tanta coisa han? T-a-n-t-a. A gente não tinha mais o que inventar para brincar e então passamos a nos tratar por Ayala - ela e Paloosa - eu. Conversávamos em inglês como se soubéssemos desde sempre e nos entendíamos. Um dia gravamos em um k-7 uma entrevista. Ela era a entrevistadora e eu uma cantora hollywoodiana de sucesso. Eu cantei Celine Dion, achei ruim, interrompi a entrevista, ouvi a fita, não gostei, regravamos, ouvi de novo e dei o ok, como se a fita fosse enviada para alguém na real. Pense na imaginação dessas pessoas.

Aí hoje, ela me mandou dois textos lindos daqueles de apertar o coração, sabe?

Eu aprendi... ...
que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi... ...
que quando você planeja se nivelar com alguém,
apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi... ...
que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi... ...
que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi... ...
que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi... ...
que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. Eu aprendi... ...
que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi... ...
que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi... ...
que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi... ...
que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
William Shakespeare



Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein

Amanhã, Nínive vai ser vendida por oito mil e Mariela a resgatou: "Vai nada amiga. Vai se libertar de todo o resto que não recebeu".