Sabe quando a gente conta uma situação desastrosa que está acontecendo na nossa vida e a pessoa ou nos escuta impacientemente, isto é, fica interrompendo sem cessar ou espera a gente terminar para dizer:
Eu nunca gostei dessa frase, acho-a clichê do tipo: a pessoa não tem nada para dizer e perdeu uma boa chance de ficar calada. Além disso acho também que a pessoa está desmerecendo o momento que é de tristeza, stress ou luto. Por que o que interessa é só a parte final? Por que não é dado o devido crédito do momento de transição aflitivo e angustiante? Por que a gente tem que ter calma se o momento pede outro estado de espírito? A calma é para o fim, quando tudo 'enfim', estará bem não é mesmo?
Hoje meu momento é de plena calmaria, bem a cara do fim, mas as semanas que antecederam esse bonito fim, foram de extrema tensão e eles precisam do registro, pois foi a única forma que encontrei de externar e por fim à dor, à tristeza, á fome, o medo, o cansaço, o stress, a aflição e a angústia que o Cid passou.
Primeiro tentaram voltar com a Ducato de cambão e estrada de terra com caminhão na frente é igual a colocar uma bala no revólver e ficar brincando de vida ou morte com alguém. O caminhão fazia poeira e Cid não enxergava para que lado a estrada corria então ele só via a ora da curva quando já estava em cima dela. Hora o caminhão estava devagar, hora rápido e nessa problemática cada vez que Cid tinha dificuldade ele buzinava e dava sinal com farol: quem disse que o motorista via? Cid viajou 200 km puxado correndo o risco de morrer a cada curva. Deus olhou por ele e para o motorista que resolveu parar e perguntar se estava tudo bem e se Cid queria continuar. Cid estava desesperado, queria ter parado nos primeiros 20 km e agradeceu o cara e ele seguiu viagem até aqui.
Minha mudança chegou em perfeito estado e fiquei feliz por saber que só mais um pouco Cid estaria aqui.
O motorista também estava fazendo um frete para um rapaz com dois irmãos, então vieram na frente o motorista, um rapaz e dois meninos, atrás veio a Ducato, a mudança deles e dois cachorros amarrados com corda pelo pescoço. Cid veio espremido, mas os cachorros vieram sambando, coitados.
Desci do carro e abracei o Cid. Beijei-o na boca e disse que estava feliz por ter chegado. Sua viagem ainda não tinha terminado. O caminhoneiro deixou a água do radiador acabar e o caminhão deu pau há 10km da cidade, ou seja, Cid teve que pedir carona e chegar até aqui para pedir ajuda.

Carneiro assado na brasa
Nossa, é um herói mesmo, e que herói! Vocês merecem toda felicidade do mundo nesse lovo lar ...
ResponderExcluirBjs, Sté
http://tvfabulous.blogspot.com
Aff menina, até arrepiei com seu relato e sou da mesma opinião que vc, se estamos sofrendo, de luto por alguma situação, não me venha falar que passa, sei que passa, mas naquele momento não está passando e quero é colo!! Parabéns pra vc e Cid, vcs merecem tudo de bom e muita paz!! Beijocas querida!!
ResponderExcluirsei lá eu tb nao gosto disso, porque estamos lá sofrendo querendo vencer o tempo, as coisas, a nós mesmos e a pessoa de fora que (acredito)quer ajudar mas acaba nos deixando mais nervosos... Graças a Deus e ao seu heroi mesmo... eu tb sempre uso o meu celular .... é meu companheiro dessas horas....um bom final de semana...
ResponderExcluirEu sabia que tinha acontecido algo, quando vc deixou de postar no blog. Ainda bem que foi só uma série de imprevistos e nada muito grave. Boa sorte.
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