Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Modo OFF

Não sei o que acontece.

Uma vez, há uns anos atrás, durante um período, tive que tomar uma medicação forte, daí que acho que ela queimou uns neurônios, ou desativou uma boa parte.

Na teoria é assim: faço uma organização mental para alinhar horário, com afazeres. Organizo tudo antes de começar e por pouca coisa o ‘trem’ não anda se não estiver alinhado. No dicionário isso se chama sistematizar.
(Adendo: ao contrário do que culturalmente utilizamos a expressão fulano é sistemático para dizer que ele é na dele, cheio de nove horas, ou ainda uma pessoa difícil, sistemático é a pessoa que exerce seu trabalho por sistemas e isso cabe também em lazer).



Na prática vivo brigando comigo mesma: Nínive, nove horas poder ser nove e quinze, nove e vinte,não precisa achar que o relógio da pessoa está com o fuso horário de Zimbabue. Nínive, se seu computador não liga, pega outro, abra os arquivos que der e trabalhe da melhor forma possível. Nínive, se sua amiga emperrou prá sair, ao invés de ligar e xingar a mãe dela, pega o carro e vai buscá-la. O imprevisto sobrevém a tudo e a todos.

Meu problema é o combinar. Serviria para morar naquela época em que palavra valia ouro. Sempre termino as frases com o meu indefectível: combinado!. Não sei desfazer trato, abrir mão das pessoas e chegar atrasada. E se a outra parte faz isso, é como se ela me amarrasse e me colocasse de cabeça para baixo dentro de um tanque cheio d´água. Drama é meu forte também.

Então, como eu passei da fase de dar xilique com a banda Calypso de fundo, comprei nas Organizações Tabajaras o MODO OFF. Paguei a vista. Ele serve para tudo e esse tudo é tudo mes-mo.







Acho que quando meus miolos vão entrar em pane, para se protegerem, eles se desligam e aí entra a Dori. Pode falar, pode mandar ir, esperar, voltar, ficar calado, tudo eu acolho em silêncio, com os olhos fixos na pessoa e com um balançar de cabeça como se estivesse assentindo. Se me perguntar se entendi: balanço a cabeça em sinal afirmativo, mas se me perguntam o que entendi, saiu como um ‘como?’ expressão que delata meu avoamento.

Pessoas próximas sacam na hora e quando não danam, riem e emendam: continue a nadar, continue a nadar. No trabalho uso a meu favor: pode tocar o telefone, o rádio e me chamar no MSN que o poder de concentração é tão grande que não me atrapalho com nenhum desses e vou atendendo e respondendo um a um, sem pressa ou agonia. Na vida social tem que me vigiar. Sou companhia de mim mesma fácil. Andar de carro, muito barulho, silêncio absoluto, tomar sol, caminhar, ouvir música e otras cositas más, só dá eu. Pensa em um egocentrismo. Agora dobra. Chego a ter dificuldade para ouvir, motivo pelo qual prefiro legenda.

No mais sou normal. De longe. Na verdade, a distância de um beiço de pulga como diz Giselle e por ora cantarolo a frase de uma música que achei a melhor do ano: tá a fim de um romance, compra um livro, se quer felicidade vem me ver de novo.



Modo off ligado eti momenti.







3 comentários:

  1. sabe que adoro seus textos, hein, Nínive! E adoro falar sobre egocentrismo... eu, eu e eu. E sim, você é normal de longe! (cof, cof)

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  2. Zeeente mas essa mocinha tá um luuuxo, amei fofis!

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  3. Prá mim, combinou tá combinado. E as coisas vivem dando errado por isso. Vira e mexe uma fulana fala numa mesa de bar: meninas, quinta feira dia tal, café da manhã na minha casa. Pego meu celular, boto no calendário. Prá mim, tá combinado. Só ligo se eu não puder ir. Se puder, eu simplesmente passo na floricultura, pego umas "frores" e vou pro nosso encontro. Tava combinado, não tava?

    Pois é. Parece que não é assim tão simples. Prá estar mesmo combinado, parece que quem convidou ( oras, já não convidou??) tem que ligar e lembrar você do convite ( o que prá mim parace falta de respeito do convidado, que se acha no direito de simplesmente esquecer, se não for lembrado).

    As minhas amigas já sabem, me onvidaram, eu VOU. Então por favor, não em convidem por educaçao.

    Vixe...isso virou um post

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Agradeço de coração a você que me lê e que expressa em palavras sua demonstração de afeto e carinho. É um prazer receber a sua visita. Muah!