Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Especialista em generalidades

Diego Fernandes bem sabe que toda vez sou barrada no portão de embarque. É minha sandália com fivela, é meu cinto, é minha lingerie de zíper. Aí me dão um propré pra eu atravessar descalça ou me colocam na inspeção com os braços a la Jesus Cristo, frente e verso.

Adoro viajar e ter um causo já faz parte do processo emocional da coisa. Quando emiti meus bilhetes fiquei conferindo-os uns dois dias. De tanto conferir decorei o localizador. Foi até bom...Até a metade do caminho fui com uma amiga e de lá segui pra Vitória. Ir para lá me fez reviver a emoção de quando cheguei. E de quando vim embora. Curto nostalgias veementemente. Passei dias agradabilíssimos, fui muitíssima bem tratada e ri horrores. Sai de lá chorando. Não podia ser diferente. Eu queria ver todo mundo e vi. Todo mundo que eu queria ver eu vi e não fiquei mais por falta de oportunidade. Ah e também por causa de um caldo que tomei. E também porque me queimei nas coxas e nas costas. – Bem feito, me disse o Warley, me dando uns tapas no local queimado.



Dormi cedo, acordei cedo e fui a praia quase todos os dias, mesmo a chuva ameaçando cair. Ela caia e tá a bonita na praia sendo burlada. Mineiro num tem disso não. Guarda sol serve também para guardar a chuva, uai.

Não fiz compras, ganhei presentes e trouxe muitas fotos de recordação. Cheguei renovada e alegre. Mas só eu. As bonitas das minhas malas foram dar uma voltinha em Salvador e devem chegar qualquer dia desses aí. Isso são detalhes perto do bate papo cabeça que tive em Camburi a la Itaipava. Especialista em generalidades. Essa foi a melhor. Só esqueci de dizer - ou reforçar - que sou formada em Secretariado Executivo Trilingue onde se ensina a multidisciplinaridade da função e do exercício da profissão. Agora tenho diploma reconhecido pelo MEC nessa área. Estudei direito, economia, marketing, arquivo, recursos humanos, matemática financeira, protocolo e cerimonial ... etecetera, etecetera. Tá?

Certo dia me falaram que eu tenho o vocabulário vasto. Também já me falaram que eu falo difícil e em uma briga de casal, um namorado boliviano disse que las palabras que salen de mi boca eran demasiado loco.



Doida não nego, aliás não nego nem que não sei ler mapa. Mas é nada de nada mes-mo. Vôo baixo nesse quesito e por força profissional sambo dentro da roupa quando me perguntam onde a Cia Aérea que trabalho não voa na Ásia. Vem cá, isso é pergunta que se faça? Não dá pra perguntar pra’onde voa? Tudo bem que eu vou sempre responder: para a América do Sul, Europa, Estados Unidos e uma parte da Ásia. Agora, me perguntar em que parte não voa, está me humilhando demais não acha não?
Eu acho, até porque to mais preocupada em saber onde fica Salvador no mapa, pra eu trocar de lugar com a minha bagagem. Quando descobrir, vai que compensa ser especialista em generalidades.

Nínive sorria, você vai sim prá Bahia!

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