Razão ...

RAZÃO ...


O conhecimento que recebemos, na maioria das vezes, não tem muita relação com a nossa história, no máximo tem relação com a nossa formação profissional.

Aprendemos a acumular conhecimentos, aplicar fórmulas, analisar teorias, repetir regras ...
Todos esses eventos têm relação direta com a nossa história pessoal, nossos sonhos, expectativas, projetos, relações sociais, frustrações, prazeres, inseguranças, dores emocionais e até crises existenciais.
Adquirir essas experiências e vivê-las a tal ponto de segurar as lágrimas para que não derramem, estar preso a pensamentos nunca revelados, ter temores não expressos, palavras não ditas, inseguranças comunicadas e reações psicológicas não decifradas, são àquelas em que aprendemos na escola da existência. É nessa escola que deixamos raízes, saudades e memórias infindáveis.
É vivendo com cada experiência, que aprendemos a lidar com ela.
Por todos esses motivos, a razão desse espaço é dividir aprendizagem, oportunizar leituras, e claro, me exercitar na escrita e na comunicação.

Seja muito bem vindo!


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Domingo, 4 de abril de 2010 às 21:54

Braço esquerdo: dolorido.
Braço direito: dormente.
Perna esquerda: manca, arrastando.
Perna direita: descubro a cada 1 minuto que tenho.
Cabeça: com um galo.

Esse é o saldo positivo oriundo da minha mudança.
[Pausa para a dancinha com um pompom na mão, fazendo polichinelo].

Sábado liguei para a Leila e com muuita dificuldade, pedi para ela me ajudar, porque chamar as pessoas para ajudar a mudar é uó-do-borogodó. Convite de índio esse. Ainda mais ela que tem casa, menino pequeno e marido. Pois então, a AMIGADOCORAÇÃO largou tudo lá, botou um vestido floral sussu e chegou em casa com a maior disposição.

Calculamos que em três viagens levaríamos quase todas as minhas coisas, porque para o novo AP não daria para acomodar minhas bugigangas todas. Eu tinha em torno de 15 caixas médias, especialmente escolhidas para levar; e assim, fomos enchendo o carro dela, com elas. Para se ter uma noção de quanto eu morava longe de tudo e de todos e agora estou perto, mesmo de carro, levamos uns 30-40 minutos para chegar e olha que a bichinha é ousada no volante hein?

No antigo AP, eu morava no terceiro andar e combinei com a Leila que eu desceria com as caixas e ela acomodaria no carro. Penso eu que, para alguém que não tem como hábito nem espreguiçar, tamanho esforço físico foi motivo para hoje, ainda estar me comportando como uma deficiente. Sem churumelas. Amanhã, vou tentar pegar o ônibus e não pagar. Não, eu não sou deficiente, mas eu estou. E sem soar melodramática, acredito que subir o degrau do ônibus será a minha segunda vitória do dia. Com churumelas.

Antes de fazer a segunda viagem, Leila disse que não precisaria fazer a terceira. Depois ficamos na dúvida, porque ficou para trás os itens maiores: TV, DVD, computador, um banco de plástico e um ventilador. E mais caixas. No sobe e desce a minha [antiga] vizinha me pegou de conversa e até dentro da casa dela entrei para ver a sua nova decoração e percebi que a Leila já tinha subido e descido duas vezes. Retomei à malhação. Quando definitivamente desci, com o banco e o ventilador, não acreditei quando vi o carro dela. Não sei como ele não arriou. Tinha tanta coisa, mais tanta coisa, que até no console tinha tralha. Na primeira viagem, o carro não tinha ido assim tão cheio, mas na segunda, já cansadas, abolimos a terceira viagem e Leila resolveu que todo o restante caberia. E coube. Coube porque o ventilador foi, mas o banquinho foi demitido quando estava esperando a sua vez de entrar.

No novo AP, assim que me despedi da Leila, comecei a terceira parte do processo. Ai que chato essa parte. Decidir o quê ficar onde. Em duas ou três horas estava a Leila de novo, dessa vez com a sua trupe. Estava quase tudo no lugar e o marido dela ainda mudou a décor... que ficou ótimo.

Mais tarde, ainda arrumei disposição para sair, tomar chope, comer um filé ao molho madeira (hum hum) e colocar o papo em dia.

No domingo, acordei e a primeira sensação que tive no novo AP foi... ... ... o galo novo que ganhei. Ai ai ai. É que na mudança, mais precisamente no banheiro, bati com muita força em uma parede e meus olhos encheram d’água de tanta dor. Pena eu estar sozinha nesse momento, senão tinha feito uma manha, mas uma manha daquelas: tinha deitado, tomado um sonrisal e falado que estaria impossibilitada de continuar a arrumar as arrumações. Rs.

Depois das 13h30 resolvi dar uma volta no bairro e procurar um lugar para almoçar. Os restaurantes estavam fechados para o almoço. Rs. Uberaba tem isso também, mas são os açougues que fecham. Se chegar visita na sua casa de surpresa e a anfitriã precisar comprar mais mistura, vai ficar sem. O jeito será emendar com ovos, cozinhar mais feijão, agora tem também uma tal de ração humana oooooo-u, não atender a porta.

Se a minha segunda vitória será subir com sucesso os degraus do ônibus, a primeira será saber onde e qual ônibus pegar. É, porque pegar o ônibus errado é algo que pode tranquilamente acontecer e por motivos simples: (1) eu sou a Dori do Procurando Nemo; (2) há mais de dois anos aqui, vivo pegando ônibus errado e marchando de salto pra lá e pra cá e (3) porque nem o com o galo eu posso contar, afinal, ele se mudou para a minha cabeça no mesmo dia que eu me mudei de casa. De-lí-cia. Ui!

**Ainda sem net em casa :( >>> Mas felizona **

Um comentário:

  1. Oi Nínive
    Vim retribuir a visita e adorei seu blog!
    Adorei o relato da sua mudança...aff ninguém merece mesmo! Eu me mudei a última vez há 3 anos e foi traumatizante!!! É aí que a gente descobre como acumula coisas que não precisa, mas como é difícil se desprender, né?
    e além disso, tenho muuuuuito livros e dois filhos com muuuuitos brinquedos...daí você imagina, né?
    Bom, boa sorte no seu novo lar!!
    beijoss

    ResponderExcluir

Agradeço de coração a você que me lê e que expressa em palavras sua demonstração de afeto e carinho. É um prazer receber a sua visita. Muah!